Escolher o que eu visto todas as manhãs é fácil e prazeroso. Mas nem sempre foi assim. A minha relação com as minhas roupas era desgastante. Por anos o problema era o corpo. Não me sentia bonita em saias, vestidos e me escondia em calças e camisetas. Não importava o estilo ou se me representava. Estava mais preocupada em usar peças que escondessem o que eu não gostava em mim. Quando desencanei, o problema virou o excesso. Sim, roupa demais está longe de ser solução para a plenitude na hora de se arrumar. Pelo contrário, atrapalha. Soma a isto a falta de autoconhecimento e temos como resultado um cenário comum a tantas mulheres: usar o de sempre, não ficar satisfeita e comprar mais. A equação não se resolve nunca. Você já passou por isso?
Quando eu falo de autoconhecimento, me refiro ao entendimento que temos das nossas escolhas e seus porquês. Sei que esta palavra é bem mais profunda e não pretendo, na consultoria, abrir portas que não possa fechar. Mas este processo de olhar para dentro é fundamental para que façamos melhores escolhas.
Os porquês
Na consultoria esse processo é extenso, mas há três perguntas fundamentais que você pode se fazer caso queira realmente começar a mudar o seu comportamento.
Eu gosto do quê? Como é a minha vida hoje? Como eu quero me sentir e ser percebida?
Cada uma dessas perguntas se desdobram em muitas outras. Não pare na primeira resposta.
Eu gosto de estampas. Por quê? Porque as acho bonitas. Por quê? Porque são alegres. Por que gosto de roupas alegres? Por que tem a ver com a minha personalidade. Como é a sua personalidade? Sou extrovertida, comunicativa… E o que mais além das estampas poderia transmitir isso? Cores vibrantes. E o que mais? Acessórios divertidos…….e por aí vai.
Onde você trabalha? O que faz antes e depois? Como você se locomove entre um compromisso e outro. Metro, ônibus, carro, a pé? Tem filhos? Qual idade? Trabalha em pé ou sentada?
Que características da sua personalidade você quer ressaltar? O que quer amenizar? Como quer se sentir? Por quê? Do que você não abre mão? O que quer comunicar com a sua imagem?
Um trilhão de perguntas podem ser feitas a partir daquelas três primeiras. A ideia é ir esgotando as respostas e começar a entender os porquês das suas escolhas hoje para saber o que fica, o que sai e o que entra na sua vida.
Pare agora
Sem medo de errar
Trabalhe com o que você já tem. Monte coordenações diferentes das que já está acostumada. Divirta-se testando. Se no final do dia perceber que não curtiu, tente entender o motivo. Fotografe-se. Veja e reveja. O que esta mulher da foto está comunicando? Coloca a caixola para queimar. Não busque formulas prontas. Ok se inspirar, ter referências, mas primeiro você precisa se entender. E se um look não funcionar? O que pode acontecer? Nada! Simples assim. Aproveite para fazer aquela listinha do que você sentiu falta durante a experiência.
Compre primeiro dentro. Depois fora.
A essa altura você já se conhece, sabe o que tem dentro do seu armário, já exercitou um bocado com o que já tem e é bem possível que tenha percebido quais são as peças que fariam sentido entrar no seu guarda-roupa. Só compre depois de passar por todas essas etapas. E nada de sacolada. Vai levando peças novas aos poucos. Apresente a novidade para as suas roupas antigas, faça com que elas se entrosem. Teste muitas possibilidades. Depois vou fazer um post especifico para falar de compras no armário, prometo, mas por enquanto, quem for colocando em prática, me conta.